Ver o Menino e adorá-lo

Ver o Menino e adorá-lo transfigura toda a nossa vida. Os magos tomaram outro caminho. Não voltaram a Herodes que desejava a morte do Menino por medo, inveja e sede de poder. A vida deles foi transfigurada.

Os magos representam todos os povos de todos os tempos que reconhecem no Menino o Salvador da Humanidade, o Senhor e Rei universal, o Deus conosco. A tradição nos fala de três magos: Melchior, Baltazar e Gaspar. Melchior significa, Rei da Luz; Baltazar, Senhor dos tesouros; Gaspar, o tesoureiro. Segundo a tradição Melchior representava o continente Europeu e é caracterizado geralmente como um idoso branco com barba; Baltazar representava o continente africano e era negro, tinha por volta de 40 anos; Gaspar representa a área asiática e era o mais novo.

Sobre a estrela de Belém que os Reis Magos viram, foram construídas várias hipóteses. Inicialmente, dizia-se que foi um cometa, mas estudos de astronomia revelam que, ao que tudo indica, deveu-se à conjunção dos planetas Saturno e Júpiter na constelação de Peixes.

Neste sentido, os Reis Magos possivelmente decidem viajar em busca do Messias porque, na antiga astrologia, Júpiter era considerado como a estrela do Príncipe do mundo; a constelação de Peixes, como o sinal do final dos tempos; e o planeta Saturno no Oriente, como a estrela da Palestina.

Ou seja, presume-se que os “sábios do Oriente” entenderam que o Senhor do final dos tempos apareceria naquele ano na Palestina.

É provável que os Reis Magos soubessem algumas profecias messiânicas dos judeus e, por isso, chegaram a Jerusalém, ao palácio de Herodes, perguntando pelo rei dos judeus.

Eles ofereceram ouro, incenso e mirra, presentes que no Oriente significavam submissão do doador àquele a quem era doado tais dons. Os magos adoraram o Menino, a Ele se renderam, se submeteram e por isso tomaram um novo caminho, o caminho do amor, pois viram no Menino a manifestação do amor de Deus.

Nesta liturgia, um convite para visitar o Menino.

Nossa missão: conduzir todos os homens até o Menino, o Emanuel. Ser essa estrela que indica o caminho até o Salvador.

Todos os sumos sacerdotes e mestres da Lei sabiam onde o Menino nasceria, mas não se dispuseram a adorá-lo. A ciência incha. Seus corações não estavam abertos à graça. Que não aconteça conosco tratar o Menino de qualquer jeito, relativizar a fé, considerar ela como uma coisa a margem da nossa vida, mas prestar a nossa adoração ao Menino, buscando-o, amando-o e seguindo um novo caminho. Que não aconteça conosco conhecer o Menino, mas não amá-lo de todo o coração para tomar um novo rumo em nossa vida.

Procura, encontro, entusiasmo, adoração, amor, submissão, entrega, caminho novo: eis o nosso caminho na busca pelo Senhor.

Conhecer para amar, amar para seguir, seguir para anunciar e manifestá-lo com o testemunho da nossa vida.

Pe. Maurício Henrique