No início da década de 70, sob a influência do “milagre econômico brasileiro”, a cidade de Belém crescia. Vários conjuntos habitacionais surgiam: Conjunto do BASA, MAREX, Conjunto Médici, entre outros. Por essa razão e sentindo a necessidade que tinham os moradores dessas novas áreas de uma assistência espiritual mais próxima, já que moravam distante das antigas igrejas matrizes, mais uma paróquia foi erigida em nossa capital, a PARÓQUIA DE JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR.  Isso mesmo, nossa paróquia nem sempre teve o nome que hoje possui.

Já se vão 39 anos desde a sua criação, em 19 de abril de 1973, quando o Arcebispo Metropolitano de Belém à época, Dom Alberto Gaudêncio Ramos, assinou o decreto que criou a Paróquia de JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR. Talvez poucos se lembrem da Estrada do Aeroporto de Val-de-Cães, da Maracangalha ou da estrada do contorno. Todas elas faziam parte da área de atuação da nova paróquia. A circunscrição da nova paróquia seria assim constituída. “A partir das margens do rio Guamá, na foz do igarapé do Utinga ou Murucututú, seguindo por este até à rua do Utinga, e por esta, continuando pela passagem Ana Deusa, corta a Avenida Almirante Barroso e prossegue pela Rodovia Júlio César, vulgarmente chamada de Maracangalha, até a entrada do Aeroporto de Val-de-Câes, continuando pela estrado do contorno e descendo pela estrada Tavares Bastos, compreendendo o conjunto habitacional do BASA e daí por uma linha que se prolonga até às margens do rio Guamá, e por este até ao ponto inicial”,

A PARÓQUIA DE JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR foi assim chamada até 26 de março de 1978, quando por outro Decreto passou a ter o nome atual: PARÓQUIA DE JESUS RESSUSCITADO. Tal mudança ocorreu devido à necessidade de especificar um dos atributos de Nosso Senhor, já que toda igreja era e continua sendo de Jesus Cristo. Assim, após consultar os paroquianos, houve preferência pela Ressurreição de Nosso Senhor.

Não se tem muita notícia do primeiro pároco, Pe. Godofredo Marques. Sabe-se apenas que era holandês, da ordem dos Cruzios, tendo permanecido em nossa paróquia por volta de sete anos. Poucos sabem, mas o segundo pároco foi o Pe. Maione, Jesuíta. Permaneceu na paróquia por um ano. Em seguida, assumiu a paróquia Padre Geraldo Copray, holandês, da ordem dos cruzios, até agora o que esteve por mais tempo à frente da paróquia: dezesseis anos. Com idade avançada e já doente, Padre Geraldo deixou a paróquia. Assumiu em seu lugar o primeiro pároco diocesano, Pe. Luiz Rabelo. Atualmente o pároco é o Padre diocesano Claudio Barradas que assumiu a paróquia em 31 de janeiro de 2004.

 A CONSTRUÇÃO DO NOVO TEMPLO

O estilo europeu da construção chamava atenção

Após a paróquia ser criada no papel, o desafio agora era edificar o templo para as celebrações.  Este desafio coube ao Padre Godofredo que após muita luta conseguiu a primeira vitória que foi a doação do terreno pela COHATUBE, cooperativa habitacional que construiu o Conjunto Médici. O prédio da primeira igreja foi construído em formato de cruz, edificado em madeira, em estilo europeu. As paredes eram formadas pelos telhados de brasilit que chegavam quase até o chão.

A PRIMEIRA GRANDE REFORMA

O predomínio das linhas retas aponta para a geometria da igreja

Com o passar do tempo o número de fiéis foi crescendo e a igreja em formato de cruz não comportava mais todos os paroquianos. Nesse período, o pároco era o padre Geraldo Copray. Padre Geraldo construiu parte da igreja com recursos próprios (herança de família) e com recursos de familiares e amigos da Holanda. A nova igreja foi construída em alvenaria com o formato de um heptágono. O padre Geraldo mostrou para a comunidade, no papel, o desenho da igreja, todos gostaram e aprovaram.  Outra recordação do prédio depois da reforma é que a igreja tinha apenas três portas. O sacrário ficava no lado esquerdo de quem entra, onde agora está a imagem de Santa Maria de Belém, ao lado do altar. Ao fundo havia uma porta, por trás do altar e uma pintura de Jesus Ressuscitado.

A SEGUNDA GRANDE REFORMA

Com a reforma a igreja renasce

Nada como o tempo para exigir mudanças. A igreja precisava novamente ser revitalizada. Desta vez, já no ano de 2007 sob a direção do então pároco, padre Claudio Barradas. Não houve mudanças estruturais no prédio, que permaneceu com seu formato heptagonal. No entanto, esteticamente muita coisa mudou. O presbitério foi totalmente marmorizado e ganhou linhas arredondadas. Foram abertas treze janelas em torno da igreja. A pintura de Jesus Ressuscitado que antes existia foi substituída por um entalhe do Cristo Ressuscitado. Foi construída uma belíssima capela para o Santíssimo, assim como a sacristia foi complemente reformada. Novos bancos foram adquiridos. Tendo sido reinaugurada em dezembro de 2007, a  igreja ganhou nova vida.  No ano passado nossa igreja ganhou mais um espaço: o novo centro catequético com seis salas no térreo e dois grandes salões no andar superior.