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ENTENDA O BRASÃO DA PARÓQUIA DE JESUS RESSUSCITADO

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A simbologia cristã.

Vivemos cercados de símbolos, escudos e brasões, relacionados com governos, universidades, escolas e até clubes esportivos. Na Igreja Católica, eles vêm de uma longa tradição, cujas raízes estão nas catacumbas dos primeiros séculos.

Visitando as catacumbas, no subsolo da cidade de Roma, o fiel contempla com os olhos as antigas inscrições e as pinturas, procurando imaginar o que sentiam, o que pensavam, e como teriam ali vivido esses nossos ancestrais na fé. Passa lentamente a mão sobre as pedras e, de repente, depara-se com algo gravado em relevo. Trata-se do desenho de um pequeno peixe, simplesmente traçado, mas sem dúvida um peixe. Qual é o seu significado? A palavra peixe em grego se dizia "ichthyos" (ΙΧθΥΣ), mas entre os primeiros cristãos era usada como um anagrama, pois suas cinco letras eram também a abreviação da frase: Iesous Christos Theou Yios Soter (Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador). A figura tinha, ademais, um significado místico, porque, como os peixes, também os cristãos eram "nascidos nas águas".
Tratava-se, pois, de um dos primeiros símbolos criados para representar realidades da fé e da vida cristã.

Com efeito, toda instituição que se forma ou adquire uma personalidade própria, tem como uma de suas primordiais preocupações desenvolver símbolos que a caracterizem e distingam das demais. E uma das manifestações da riqueza e força espirituais da Igreja Católica é a fecundidade em traduzir em uma exuberante coleção de símbolos o universo sobrenatural que ela contém.

Acima de todos os símbolos, sem dúvida, está a própria Cruz, sinal por excelência instituído pelo próprio Salvador que nela quis derramar todo o seu preciosíssimo sangue para nossa redenção. No entanto, é espantosamente grande o número dos símbolos cristãos, como grande é a quantidade de carismas e vocações dentro da Igreja.

Analisar a sucessão dos símbolos cristãos ao longo dos séculos é fazer um interessante estudo da história da própria Igreja. Cada geração acrescenta um novo elo a essa cadeia ininterrupta, iniciada pelo próprio Cristo Senhor Nosso. Desde a antiquíssima figura do peixe, gravada em uma pedra já quase desfeita, até o brasão de um bispo, de uma Diocese, de uma Paróquia, ou de um presbítero todos fazem parte da mesma história desta Igreja peregrina e imortal, que sem cessar se renova ao sopro do Espírito Santo.

As Paróquias, mais que qualquer outra instância da Igreja, tem no novo Código de Direito Canônico, de 1983, a menção específica da exigência do selo nos documentos paroquiais. Logo, adotar um brasão corresponde ao que indica o direito.

Sua Heráldica deve ser um simples brasão, adornado quando desejado pelo nome em divisa ou ao entorno como em um selo. No Brasil, no entanto, a prática iniciada por nós de timbrar o conjunto do brasão com uma simples cruz processional (explicitando tratar-se de um brasão eclesiástico), ganhou o gosto dos heraldistas que repetiram esse nosso gesto em seus trabalhos para os brasões paroquiais.

Desde os tempos medievais, os brasões tornaram-se de uso comum para os guerreiros e para a nobreza, e por conseguinte foi-se desenvolvendo uma linguagem bem articulada que regula e descreve a heráldica civil. Paralelamente, também para o clero se formou uma heráldica eclesiástica. Ela segue as regras da civil para a composição e a definição do escudo, mas coloca em redor símbolos de insígnias de caráter eclesiástico e religioso, segundo os graus da Ordem sacra, da jurisdição e da dignidade.

O escudo de um brasão tem suas particularidades e, por ser a peça principal do brasão, detém um quase sem fim de números de significados, representados por uma miscelânea enorme de sinais, cores e figuras que darão a ele a particularidade característica que identificará o seu dono dos demais.

Com o termo heráldico “divisa” se entende as breves palavras escritas colocadas em evidência sobre a ponta do escudo. Geralmente a divisa faz referência à Sacra Escritura, de forma o quanto mais sucinta, devendo exprimir as ideias da instituição.

O Brasão da Paróquia Jesus Ressuscitado

ESCUDO: Escudo clássico dourado fazendo referência à Luz gloriosa da Ressurreição, contendo três símbolos que nos ajudam a compreender o Mistério Pascal.

Os três compartimentos dentro do escudo fazem referência à Trindade Santa, mistério central da fé cristã e atuante no Mistério Pascal, pois o Pai envia o Seu Filho Unigênito para redenção da humanidade introduzindo àqueles que creem no clarão da sua luz; o Filho, sabedoria encarnada, se entrega por amor como Cordeiro Imolado sacrificado pelos pecados da humanidade e, pelo poder do Espírito, Cristo Ressuscita dos mortos comunicando esse mesmo Espírito aos homens. É o Espírito do Ressuscitado que torna presente esse Mistério Salvífico na Eucaristia, sacramento pascal, sacramento de amor.

É possível perceber a variação de cores dentro do escudo. Faz alusão à história da paróquia em suas várias fases ou etapas         que agora caminha para o seu Jubileu de Ouro. Uma comunidade eclesial que foi crescendo espiritualmente na compreensão de sua identidade eclesial e missionária tornando-se cada vez mais luz para o mundo. A Trindade Santa sustenta a caminhada missionária da paróquia que anuncia o poder da Ressurreição de Cristo. A Trindade é plenamente revelada no Mistério Pascal.

Temos ainda uma borda branca dentro do escudo. Pela luz do Ressuscitado somos santificados a partir do Sacramento do Batismo.

FIGURAS: As figuras ou símbolos utilizados no Brasão (Círio Pascal, Cordeiro Imolado, Eucaristia) ajudam-nos a compreender o Mistério da Páscoa por meio do Círio Pascal, símbolo de Jesus Ressuscitado; o Cordeiro Imolado de Pé, símbolo de Cristo Crucificado e Ressuscitado; a Eucaristia, que atualiza o Mistério Pascal.

CRUZ: colocada atrás do escudo, pois se trata de um brasão eclesiástico. Recorda-nos a Sagrada Liturgia, celebração do Mistério Pascal. Segundo o evangelista João, todo o Mistério Pascal se dá no Sacrifício de amor de Cristo: Paixão, Morte, Ressurreição e Pentecostes.

DIVISA: “Eu vi o Senhor” (Jo 20,18), expressando a experiência com o Ressuscitado.

DATA DE FUNDAÇÃO: o presente brasão é comemorativo pelo Jubileu de Ouro da Paróquia. A Paróquia foi fundada na Vigília Pascal de 1973 e sempre trouxe esse Mistério Salvífico em sua história. Na gravura do Círio Pascal pode-se ver o ano de fundação da paróquia expressando dessa forma que, o Mistério da Ressurreição anima a vida da paróquia desde o início.

Identidade, Carisma, Missão

O presente Brasão é, pois, segundo as regras heráldicas, uma síntese ou resumo da identidade, do carisma e do mistério vivido na Paróquia Jesus Ressuscitado. Apresenta também sua vida e seu programa pastoral que consiste em Testemunhar a alegria da Ressurreição, comunicando a força do Ressuscitado aos homens levando-os a uma experiência viva com Jesus Ressuscitado que concede vida em abundância. Esse anúncio é feito por meio da Liturgia, da Catequese, Serviços Pastorais, Retiros Espirituais, Semanas Missionárias, Festividades, Encontros, Peregrinações, Vida comunitária.

O Brasão de Armas da Paróquia Jesus Ressuscitado, é exclusivo do governo paroquial e será usado:

I – Obrigatoriamente:
àNos documentos, demais papéis e correspondências oficiais expedidas pelo Pároco e pela Secretaria Paroquial;

II – Facultativamente:
à Na fachada dos edifícios e estruturas paroquiais;
à Em textos e materiais de uso das pastorais, serviços, grupos e movimentos;
à Nos veículos da Paróquia;
à Nos locais onde se realizarem festividades promovidas pela paróquia.