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PALAVRAS DO PAPA PARA A JUVENTUDE

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Cristo Vive – Papa Francisco

Exortação Apostólica Pós-Sinodal sobre a Juventude

Ele é a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo. Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida.

Ele vive e quer-te vivo!

O Ressuscitado espera por ti para recomeçar.

Jesus estará sempre ao teu lado para te devolver a força e a esperança.

Jesus, o eternamente jovem, quer dar-nos um coração sempre jovem. É necessário despojar-se do homem velho para possuirmos a verdadeira juventude que consiste em ter um coração capaz de amar.

 

Capítulo I: O que diz a Palavra de Deus sobre os Jovens?

Na Sagrada Escritura, Deus sempre chamou jovens para o seu serviço: José, Gedeão, Samuel, Davi, Salomão, Rute, Jeremias.

É típico do coração jovem estar disposto a mudar, ser capaz de levantar-se e deixar-se instruir pela vida. (Parábola do Filho Pródigo)

É próprio do jovem sonhar coisas grandes, buscar horizontes amplos, ousar mais, ter vontade de conquistar o mundo, ser capaz de aceitar propostas desafiadoras e desejar contribuir com o melhor de si para construir algo superior.

Não é bom cair no culto da juventude que despreza a sabedoria dos antigos. Um jovem sábio abre-se ao futuro, mas é capaz de valorizar as experiências dos outros.

Nunca nos arrependeremos de gastar a própria juventude a fazer o bem, abrindo o coração ao Senhor e vivendo contracorrente.

Não podemos renunciar à nossa juventude, ou seja, limitar-nos ao aprisionamento nas coisas sem valor e sem sentido que não nos fazem crescer. (Passagem do Jovem Rico)

Corre-se o risco de transcorrer a própria juventude distraído, caminhando na superfície da vida, dormindo, incapaz de cultivar relações profundas e entrar no coração da vida, deste modo, se prepara um futuro pobre, sem substância. Ou, pelo contrário, pode-se gastar a juventude cultivando coisas nobres e grandes preparando, dessa forma, um futuro cheio de vida e riqueza interior.  (Parábola das Virgens Prudentes e das Virgens Imprudentes).

 

Capítulo II: Jesus Cristo sempre jovem

A juventude de Jesus estava voltada para a sua missão suprema.

Ele envolvia-se com todos, escutando, aprendendo, ensinando.

A sua relação com Deus Pai era a do filho muito amado.

Todo jovem é chamado a amadurecer sua relação com o Pai, na consciência de ser um membro dentro de uma família e dentro de uma comunidade, deixando-se ser formado e dispondo-se a acolher o dom da graça para viver sua vocação.

Os jovens devem ser inseridos na missão do povo, no encontro com os outros, no serviço generoso. Crescendo na capacidade de fazer o bem.

Jesus teve uma confiança incondicional no Pai, cuidou da amizade com os seus discípulos e, até nos momentos de crise, permaneceu fiel a eles.

Manifestou uma profunda compaixão pelos mais fracos.

Experimentou o medo do sofrimento, foi incompreendido e sofreu a paixão, mas sempre dirigiu seu olhar para o futuro colocando-se nas mãos do Pai.

Jesus é a verdadeira juventude de um mundo envelhecido. Junto dele podemos beber da verdadeira fonte que mantém vivos nossos sonhos, projetos e grandes ideais.

No Evangelho de Marcos temos um jovem medroso que foge nu quando Jesus é preso (Mc 14,51-52) e um jovem vestido com uma túnica branca (16,5) que convida a vencer o medo e anuncia a alegria da Ressurreição.

O Senhor chama-nos a levar luz na noite de muitos jovens.

A Igreja é chamada, continuamente, a rejuvenescer-se comunicando sempre a novidade de Cristo Ressuscitado que faz novas todas as coisas.

A Igreja é sempre jovem quando é ela mesma, quando recebe a força sempre nova da Palavra de Deus, da Eucaristia, da presença de Cristo e da força do seu Espírito em cada dia. É jovem quando consegue voltar continuamente à sua fonte.

Devemos ter a coragem de ser diferentes, mostrar outros sonhos que este mundo não oferece, testemunhar a beleza da generosidade, do serviço, da pureza, da fortaleza, do perdão, da fidelidade à própria vocação, da oração, da luta pela justiça e o bem comum, do amor aos pobres, da amizade social.

Os jovens podem conferir à Igreja a beleza da juventude, quando estimulam a capacidade de se alegrar com o que começa, de se dar sem nada exigir, de se renovar e de partir para novas conquistas.

Sempre impressiona a força do “sim” de Maria, jovem. Era determinada: compreendeu do que se tratava e disse “sim”, sem rodeios de palavras. Foi algo mais, qualquer coisa de diferente. Foi o “sim” de quem quer comprometer-se e arriscar, de quem quer apostar tudo, sem ter outra garantia para além da certeza de saber que é portadora duma promessa.

O coração da Igreja está cheio também de jovens santos, que deram a sua vida por Cristo, muitos deles até ao martírio.

Muitos jovens santos fizeram resplandecer os delineamentos da idade juvenil em toda a sua beleza e foram, no seu tempo, verdadeiros profetas de mudança; o seu exemplo mostra do que os jovens são capazes, quando se abrem ao encontro com Cristo. Através da santidade dos jovens, a Igreja pode renovar o seu ardor espiritual e o seu vigor apostólico.

 

Capítulo III: Vós sois o agora de Deus

Não podemos limitar-nos a dizer que os jovens são o futuro do mundo: são o presente, estão a enriquecê-lo com a sua contribuição. Um jovem já não é uma criança, encontra-se em momento da vida em que começa a assumir várias responsabilidades, participando com os adultos no desenvolvimento da família, da sociedade, da Igreja.

A clarividência de quem foi chamado a ser pai, pastor ou guia dos jovens consiste em encontrar a pequena chama que continua a arder, a cana que parece quebrar-se, mas ainda não partiu. É a capacidade de individuar percursos onde outros só veem muros, é saber reconhecer possibilidades onde outros só veem perigos. Assim é o olhar de Deus Pai, capaz de valorizar e nutrir os germes de bem semeados no coração dos jovens.

No mundo atual, cheio de progresso, muitas destas vidas estão sujeitas ao sofrimento e à manipulação. Ainda mais numerosos no mundo são os jovens que padecem formas de marginalização e exclusão social, por razões religiosas, étnicas ou económicas. Procura aprender a chorar pelos jovens que estão pior do que tu. Junto de um jovem atribulado, possa haver sempre uma comunidade cristã para fazer ressoar aquelas palavras com gestos, abraços e ajuda concreta!

Em alguns jovens, reconhecemos um desejo de Deus. Em outros, podemos vislumbrar um sonho de fraternidade. Em muitos, existe um desejo real de desenvolver as capacidades de que são dotados para oferecerem algo ao mundo. Em outros, pode haver uma grande necessidade de comunicação. Em muitos deles, encontramos o desejo profundo de uma vida diferente. Trata-se de verdadeiros pontos de partida, energias interiores que aguardam, disponíveis, uma palavra de estímulo, luz e encorajamento.

Não deixes que te roubem a esperança e a alegria, que te narcotizem para te usar como escravo dos seus interesses. Ousa ser mais, porque o teu ser é mais importante do que qualquer outra coisa; não precisas de ter nem de parecer. Podes chegar a ser aquilo que Deus, teu Criador, sabe que tu és, se reconheceres o muito a que estás chamado. Invoca o Espírito Santo e caminha, confiante, para a grande meta: a santidade. Assim, não serás uma fotocópia; serás plenamente tu mesmo.

Para isso, precisas de reconhecer uma coisa fundamental: ser jovem não significa apenas procurar prazeres transitórios e sucessos superficiais. Para a juventude desempenhar a finalidade que lhe cabe no curso da vida, deve ser um tempo de doação generosa, de oferta sincera, de sacrifícios que custam, mas tornam-nos fecundos.

 

Capítulo IV: O grande anúncio para todos os jovens

A todos os jovens, independentemente das circunstâncias em que se encontrem, quero agora anunciar-lhes o mais importante, as coisas primeiras, aquilo que nunca se deveria silenciar. É um anúncio que inclui três grandes verdades que todos nós precisamos escutar sempre de novo.

Eis a primeira verdade que quero dizer a cada um: Deus ama-te.

A segunda verdade é que, por amor, Cristo entregou-Se até ao fim para te salvar.

Há uma terceira verdade, que é inseparável da anterior: Ele vive!