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QUARESMA 2019

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I Domingo da Quaresma

No deserto, Ele era guiado pelo Espírito.

Deus sempre nos guia, até nos momentos de solidão, crise, aridez, frustações, momentos escuros, confusos, de provações e tentações, quando parece que não conseguimos enxergar a Sua divina Luz.

Para um autêntico crescimento humano-espiritual é necessário fazer a experiência do deserto algumas vezes.

Assim como o Espírito guiou Jesus no deserto para prepara-lo para a missão, o Espírito nos guia nessa vida nos desertos que encontramos pelo caminho para sermos aperfeiçoados, sobretudo, no amor. Guia aqueles que desejam caminhar na retidão, nos valores evangélicos, na fé, mas que não estão isentos das crises e atropelos próprios do caminho.

O jejum fortaleceu seu espírito para esse combate. Somos chamados a nos exercitarmos espiritualmente, no jejum e na oração, para dizermos não ao mal, ao pecado e a tudo aquilo que conduz à morte.

Cristo combateu o mal por meio da Palavra. A cada tentação Jesus respondia com a Palavra e vencia o mal afastando-o de si. É preciso deixar-se iluminar pela Palavra, meditar a Lei do Senhor, criar comunhão e intimidade com a Palavra, dizer “sim” a Ela, ama-la.

É preciso sempre perguntar-se em cada situação delicada: O que a Palavra tem a me dizer sobre isso? O que me orienta? Qual o caminho me indica? Buscar a sabedoria divina que há na Palavra. Confrontar sua vida com a Palavra.

Na Quaresma Jesus quer conduzir-nos à libertação do pecado e de toda forma de escravidão e opressão. Assim como Deus ouviu o clamor do povo antigo, Ele escuta o clamor de tantos que se deixaram escravizar. Que se perderam pelo deserto, afastados de Deus e iludidos por tantas propostas falsas de vida e felicidade. Jesus quer ir ao deserto conosco. Quer conceder-nos a força do Seu Espírito para vencermos o mal e crescermos na graça. Todo aquele que nele crer não ficará confundido.

Jesus também nos espera do outro lado do deserto para celebrar conosco a Páscoa da Ressurreição.

 

II DOMINGO DA QUARESMA

A Transfiguração manifesta a experiência de oração de Jesus, o seu diálogo com o Pai.

Jesus nos reintroduz nesse diálogo, nessa relação de amor e amizade, nós que estávamos afastados do Pai. Ele leva consigo Pedro, Tiago e João desejando conduzir todos os homens à mesma experiência.

No monte, conversavam sobre a morte em Jerusalém. Jesus daria sua vida totalmente por amor a Deus e por amor à humanidade. Falavam sobre a missão de Jesus, Ele é o Novo Moisés e o Novo Elias. Conversavam sobre o mistério da salvação.

A oração deve levar-nos a assumir também a nossa vocação e missão, somos chamados a dar a nossa vida, oferece-la como fez Jesus.

A oração deve dilatar nosso coração para o amor a Deus e ao próximo.

A nossa vida, a nossa existência, nossa missão devem ser repassadas na oração. Ela não é fuga da realidade, mas capacita-nos para assumir com alegria e coragem nossa missão.

A oração nos transfigura segundo o espírito de Cristo. Nessa vida devemos assumir a forma de Cristo.

A experiência com Deus projeta-nos para o exercício da caridade.

Em Jesus, o Pai estabelece uma nova aliança conosco, e, nessa aliança, somos chamados ao amor.

Vivendo a Lei do Senhor, a Lei da Caridade, seremos transfigurados.

O mundo precisa dessa luz nova, a luz do amor.

Deus nos agracia com a luz da Transfiguração encorajando-nos a realizar aquilo que é de sua vontade, perseverando no serviço de Deus, estimulando-nos a sempre viver na esperança concedendo-nos a graça de viver autenticamente a sua Palavra.

Ao término desta peregrinação, após as duras pelejas da vida, após os combates contra o mal e nossa natureza rebelde, após as tentações do deserto, nós iremos experimentar o Senhor. A nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável.

Contemplar o Amor de Deus nos faz perseverar na caminhada. É a força do Amor de Deus que nos sustenta nesta vida. É o sentido de nossa existência.

Ele subiu ao Monte para mostrar-nos a necessidade de elevarmos nossos corações sobre as coisas deste mundo.

 

III Domingo da Quaresma

O Evangelho de hoje propõe-nos que vivamos bem a nossa existência a partir da fé. É preciso dar sentido a ela vivendo as propostas do Evangelho. Reconhecer a precariedade da nossa vida e procurar viver na Lei do Senhor preparando-se para a vida eterna. Morrer no pecado é uma tragédia e desgraça. Devemos temer a morte eterna. Por isso o convite à conversão para que produzamos fruto.

Que fruto?

Sabemos que os frutos da santidade são as obras de misericórdia.

Assim como Moisés, somos chamados a levar libertação e salvação aos outros. Essa é a maior obra de caridade que podemos fazer: reconduzir o irmão à graça libertando-a da escravidão. A caridade cobre uma multidão de pecados.

A segunda leitura pede que reconheçamos hoje toda a bondade do Senhor por nós e acolhamos a Sua Palavra. Não basta sermos batizados e sentarmo-nos à mesa com o Senhor, é preciso conversão.

A primeira leitura faz-nos recordar que Ele se aproxima de nós, propõe salvação e, na paciência, como na parábola da figueira estéril, dar-nos tempo para a conversão que deve ser logo assumida.

Deus manifesta-se com toda a sua misericórdia na sarça ardente da Cruz. É o Deus conosco que vem para libertar-nos definitivamente do pecado. Façamos essa experiência com Deus, em Seu Filho Jesus Cristo, em cada Eucaristia que celebramos.

 

IV DOMINGO DA QUARESMA

Esta é a mesa daqueles que foram reconciliados pelo Senhor, daqueles que foram resgatados de seus pecados, reintroduzidos na amizade com Deus, admitidos no Reino da Graça. A Eucaristia é o banquete da reconciliação em que o novilho é oferecido para nós, em que o Pai nos acolhe novamente como filhos amados.

A alegria própria desse Domingo é a alegria do Pai que recupera o filho com vida. Deus não quer perder-nos. Quer a nossa companhia por toda eternidade.

Celebramos hoje a ternura de Deus por nós. Ele corre ao nosso encontro, abraça-nos, enche-nos de beijos.

Corre ao encontro por meio de Cristo Jesus que veio salvar-nos. Abraça-nos assumindo a nossa natureza e libertando-nos na cruz, fazendo morrer o pecado, vencendo a morte e dando-nos vida nova elevando a nossa natureza humana. Enche-nos de beijos doando-nos o seu Espírito de vida.

O tempo de Deus é ocupado por sua atenção dedicada ao homem. Ele espera o homem. Este, em sua liberdade, e amparado pela graça, é convidado a voltar. A reconhecer a vida plena que há na casa do Pai.

 

V DOMINGO DA QUARESMA

Somos chamados a reconhecer nossas fragilidades e usar de misericórdia para com aqueles que estão oprimidos por algum pecado ou vício.

O Cristo quer formar-nos na misericórdia, na compreensão para com o outro, na solidariedade, na compaixão.

Somos chamados a apresentar um caminho de libertação para aqueles que estiverem em pecado, como também somos chamados a ajuda-los em suas limitações.

A misericórdia do Senhor nos ressuscita, nos levanta, dá-nos uma nova oportunidade, concede-nos uma vida nova, apaga nossos pecados.

Paulo compreende a sua vida a partir da misericórdia de Deus. Reconhece que não tem méritos, mas que tudo é graça. A graça que o sustenta e o impele.

A misericórdia enche-nos de esperança.